quarta-feira, 23 de novembro de 2011

V Encontro Estadual de Educação do Campo


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
GRUPO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS


AS RELAÇÕES CAMPO-CIDADE NA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA

JUSTIFICATIVA/OBJETIVO: 
O V Encontro Estadual é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Educação e Movimentos Sociais, Observatório de Educação/Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe que, em conjunto com os movimentos sociais e sindicais do campo e da cidade, sindicato de trabalhadores da rede pública estadual, Comitê Estadual de Educação do Campo, Secretarias Municipais e Estaduais de Educação e o PRONERA/INCRA, pretendem fortalecer as ações das políticas públicas de educação que estão em desenvolvimento no Estado de Sergipe. O Encontro reunirá professores, estudantes, pesquisadores, técnicos de diferentes áreas para trocar experiências, participar de mesas, realizar sessões temáticas e trabalhos em grupo. Tem ainda como objetivo organizar coletivamente uma agenda pública de debate sobre as implicações do modelo de desenvolvimento capitalista na educação pública brasileira e em Sergipe.

PÚBLICO

professores da rede pública, estudantes de graduação e da pós-graduação, educadoras/es populares, movimentos sociais, movimentos sindicais, fóruns, comitês, Conselhos e gestores de educação, bolsistas de iniciação cientifica, profissionais de diferente áreas que atuam no campo, entre outros.
Eixos Temáticos

1)      Formação de Educadores
2)      Políticas Públicas de Educação
3)      Currículo, Infância e Juventude
4)      Didática e Práticas de Educação do Campo
5)      Educação Popular e Movimentos Sociais
6)      Arte e Comunicação nos processos formativos da classe trabalhadora

Inscrições:

1) Taxa de inscrição: R$ 20,00 (vinte reais), a ser pago no Banco do Brasil. Ag. 5657-X; conta 27.276-0.   

2) Inscrições de trabalhos:

De 05 a 28 de novembro de 2011 por e-mail educacaodocampoufs@gmail.com ou no Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Educação, sala 14-A, Didática II (trabalho impresso). Serão aceitos trabalhos que apresentem resultados (finais ou parciais) de pesquisas ou experiências educativas relacionadas aos Eixos Temáticos do V Encontro de Educação do Campo.

 
PROGRAMAÇÃO:

Dia 05/12
9:00: Abertura da Exposição Paulo Freire
10:00 h: Fórum em Defesa da Escola Pública
10:30h Mesa Redonda: Que projeto de sociedade, que projeto de educação pública queremos?
Profª Iara Maria Campelo Lima - DED/UFS/SINTESE
Manoel de Souza Jesus - Aluno da Licenciatura em Educação do Campo: PROLEC
Rafaela da Silva - Juventude do Campo: (Coletivo de Juventude – Alto Sertão)
Coordenação: Profª Sonia Meire Santos Azevedo de Jesus

12:00 - Almoço
Tarde:
14:00- Minicurso: Educação Pública em Debate: lutas internacionais e nacionais (Alexandre Dorneles-RS e Fabio Nacif-SP)

16:00- Exposição e Lançamento de livros

17:30-19:00-Rodas de conversa (apresentação de trabalhos)
.
Dia 06/12
8:00- Mesa Redonda: A diversidade sócio- ambiental, cultural no enfrentamento ao modelo capitalista no campo e na cidade: questões para a educação.
Profº Licio Valério
Coordenação: Profª Sonia Meire Santos Azevedo de Jesus;

10:00-Mesa Redonda: Experiências de Educação Popular na organização do trabalho no Campo e na cidade. (extrativista, ribeirinho, agricultor). ASCAMAI; Associação de Mulheres Resgatando sua História-Pov Lagoa da Volta Porto da Folha; Marisqueira de São Cristovão; Porto do Mato e Pirambu- ProfªThiciane/ Assistente Social-PEAC; Projeto CHAMA.
Coordenação:Jaqueline Gomes dos Santos

12:00- Almoço
Tarde:
14:00-  Minicurso: Educação Pública em Debate: lutas internacionais e nacionais - Alexandre Dorneles-RS
16:00- Rodas de conversa (apresentação de trabalhos)

17:00-19:00-Rodas de conversa (apresentação de trabalhos)
Sessão Especial: Apresentação do Resultado da Pesquisa do Programa Saberes da Terra em Sergipe para educadores(as), SEED e Movimentos Sociais.

Dia 07/12
8:00 - Mesa Redonda: Que escola temos, que escola queremos?
Prof. Lianna Torres; Profª Glezia Kelly Costa; Profª Silvana Bretas/DED
Coordenação: Profª Marilene Santos/FA

10:00h - Mesa Redonda: Experiências de Educação e Gestão Escolar no Campo Profª Marizete Lucini/DED; Profº Aderico /MST
Coordenação: Damião Oliveira

12:00-Almoço
Tarde:
14:00h Sessão de Debate: A arte e a comunicação nos processos formativos da classe trabalhadora.
Prof. Romero Venancio; Pedro Alves.
Coordenação: Sonia Meire Azevedo de Jesus

16:00: Sessão de Filme/Documentário: Catadoras de Mangaba.
Coordenação: Rita Simone

17:00: Sessão Solene de Entrega dos Certificados aos participantes do Programa em ProJovem Campo Saberes da Terra. SEED/MST/COMITÊ/UNDIME/UFS

18:00 :Sessão de encerramento com a apresentação do CD “Catadoras de Mangaba”
Coordenação: Mary Barreto




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mais força para a Educação no campo

Foto: Ricardo Funari

Legislação que prevê o respeito às características da população rural ainda não virou realidade

Vínculo com a terra Depois do avanço nos anos 1990, políticas públicas ainda precisam considerar as necessidades de ensino das crianças e investir no fortalecimento da ligação do professor com a escola rural
Por muito tempo, pouco se olhou para as carências do ensino no campo, como a falta de infraestrutura e o currículo, que não levava em conta as necessidades específicas desses jovens e dessas crianças. Nos últimos 25 anos, pelo menos no terreno na legislação, isso mudou. Tanto que, no ano passado, o decreto 7.352 transformou o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) em política pública. Dessa forma, assegurou o comprometimento de governos futuros com a criação de cursos de Pedagogia e de especialização específicos para professores das escolas do campo.

Para garantir, pelo menos em lei, uma escola adequada, os moradores da área rural batalharam muito. O ensino, durante anos, apenas preparou os estudantes para trabalhar nas cidades. Os movimentos populares dos anos 1980, como o dos Trabalhadores Sem Terra (MST), pediram mudanças. "Uma das principais conquistas foi a inclusão do tema na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996", pontua Maria Antonia de Souza, professora de pós-graduação do curso de Educação da Universidade Tuiuti do Paraná. Outros documentos oficiais em que também há preocupação com os âmbitos pedagógico e político são expressão das lutas dos povos do campo, como as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo e as diretrizes complementares. Em 2004, o MEC criou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), que tem entre suas atribuições a de gerenciar diversos programas voltados à melhoria das condições de ensino no meio rural. Um deles é o Escola Ativa, com metodologia voltada para salas multisseriadas - existem mais de 50 mil escolas no país que têm uma sala só, reunindo crianças de diversas idades. Outra iniciativa é o Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo), que tem como objetivo investir na formação em serviço de professores dos anos finais do Ensino Fundamental - principalmente os que têm o Ensino Médio e não frequentam uma universidade.

"A Educação no campo precisa valorizar ainda mais a realidade de quem vive e trabalha na terra, fortalecer o vínculo do professor com a escola e oferecer mais vagas tanto na segunda etapa do Ensino Fundamental como no Médio", afirma Mônica Castagna Molina, docente da Universidade de Brasília (UnB).
Uma pergunta para Mônica Castagna Molina
Foto: Cristina Gallo/Instituto Souza Cruz
Professora do programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (UnB).

Quais as medidas necessárias para aumentar a escolaridade dos jovens que moram no campo?
É necessário garantir o acesso à terra e aos recursos naturais para as famílias. A escolarização das crianças que moram em assentamentos é maior do que a dos filhos dos trabalhadores rurais obrigados a constantes migrações. E aumentar a oferta de vagas nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio na área rural.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

MEC: 23% de analfabetismo no campo

De O Globo.com

Campo tem analfabetismo em 23% e mais de 37 mil escolas fechadas


ESCADA (PE) e RIO
- "Vai reformar?"; "Quando é que as aulas começam?"; "Vai ter 6 série?", pergunta, quase sem pausa, Heronildo José de Araújo, 11 anos, confundindo a equipe de reportagem com autoridades da prefeitura de Escada, município a 62 quilômetros da capital pernambucana. Ele vive em uma casa no Engenho Canto Escuro, em frente à Escola Municipal Tiradentes, um dos 37.776 estabelecimentos de ensino rurais do país que fecharam as portas nos últimos dez anos, segundo dados do Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC).
Não gosto de viajar todos os dias para tão longe - reclama o menino, que sente enjoo no sacolejo do ônibus escolar e tem dois irmãos que também estudam muito distante de casa.
O número de escolas fechadas impressiona, mas está longe de ser o único dado que chama atenção na educação do campo, onde existem cerca de 80 mil estabelecimentos de ensino. Entre a população de 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo na zona rural chega a 23,3%, três vezes maior do que em áreas urbanas, e a escolaridade média é de 4,5 anos, contra 7,8 anos, mostra estudo de 2009 da socióloga Mônica Molina e mais dois especialistas para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.
- A ausência do Estado na garantia do direito à educação se traduz na precariedade da oferta. As alterações ocorridas nos últimos dez anos foram pequenas. Os professores são mal formados, não há infraestrutura e nem material pedagógico - avalia Mônica, professora da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo ela, o fechamento das escolas, em geral, resulta de expansão do agronegócio e da nucleação - quando escolas de menor porte são extintas e os alunos, transferidos para unidades mais distantes e maiores. Mônica observa ainda que as diretrizes do setor dizem que a nucleação deve ser feita após os cinco anos iniciais do ensino fundamental e, preferencialmente, em escolas situadas também no campo, e não na área urbana.
Na opinião de Mônica, as políticas públicas para o campo precisam não só vincular o desenvolvimento à educação, mas garantir outros direitos:
- Ter acesso à terra é a primeira condição para o cidadão permanecer onde está e levar os filhos para a escola. O que está causando o fechamento das escolas não é só a nucleação. As áreas rurais estão sendo engolidas pela concentração fundiária. E os pais enfrentam de tudo para as crianças estudarem.
Que o diga José dos Santos, que foi morar na periferia de Escada para garantir o estudo dos filhos. Com o fechamento da Tiradentes, este ano, os dois filhos ficaram quatro meses sem aula.
- A escola era pequena, mas servia à comunidade. Tinha 14 alunos. Era pobre, não tinha luxo, mas fechar é muita perda - lamenta a mulher de José, Edna, que, assim como o marido, estudou somente até a 4 série e deseja bem mais para os filhos.
Com pós-doutorado em Educação, Eliane Dayse Furtado, da Universidade Federal do Ceará (UFC), também considera que a nucleação está por trás de boa parte do fechamento das escolas. Foi o que constatou ao percorrer 14 estados das cinco regiões do país em projetos de formação de educadores rurais. Na ocasião, também ouviu reclamações sobre precariedade do transporte escolar.
- Outro dia, em Redenção (CE), as crianças ficaram três semanas sem aula porque o único ônibus quebrou. E, quando chove, ele não passa - conta ela.
Professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sonia de Jesus observa que, apesar dos problemas que comprometem a qualidade na educação do campo, quem mora na área rural quer frequentar a escola:
- Tem estabelecimentos sem banheiro, com paredes rachadas, sem material pedagógico. Mas, ainda assim, a população quer estudar. E há professores que, apesar dos problemas, fazem de tudo para dar aula.
Ednalva Cavalcanti, que hoje ensina 12 alunos, é assim, mas está desanimada, pois acha que a Escola Santa Rita, em Escada, está marcada para morrer: das três salas, duas estão fechadas.
- É triste ver o pessoal indo embora para dar lugar à cana - diz, informando que, em média, os alunos passam apenas três horas na escola, considerada uma das mais conservadas da área rural do município, pois tem alpendre, luz e água.
Entre 2007 e 2011, seis escolas municipais cerraram as portas em Escada, diz a secretária de Educação do município, Elizabeth Cavalcanti, explicando que a Tiradentes fechou por falta de alunos no Canto Escuro, onde O GLOBO computou, pelo menos, 20 moradias próximas:
- No engenho, só há quase adultos e adolescentes.
As três pesquisadoras ressaltam que a educação no campo é melhor nos assentamentos, por pressão e organização de movimentos sociais, como MST, que, recentemente, lançou a campanha "Fechar escola é crime".
O MEC informa que municípios, estados e DF recebem apoio técnico e financeiro por meio de várias ações e programas para educação do campo, onde estão quase 50% das escolas da educação básica do país, e diz que está elaborando um programa para implementar a Política de Educação do Campo. Destaca ainda que orienta para que a nucleação ocorra "quando realmente necessária", e dentro das diretrizes da área.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

“A problemática e as perspectivas da Educação do Campo”




CONVITE

AUDIÊNCIA PÚBLICA:

“A problemática e as perspectivas da Educação do Campo”

O Mandato do Deputado João Daniel, Líder da Bancada do PT na Assembléia Legislativa de Sergipe, tem a honra de convidar Vossa Senhoria a participar da Audiência Pública sobre “A problemática e as perspectivas da Educação do Campo”, com a participação do Ilmº. Sr. Antônio Zambon, Coordenador de Educação do Campo do Ministério da Educação.
Local: Plenária da Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe
Data: 27 de outubro de 2011
Horário: 14h
Endereço: Av. Ivo do Prado, s/n, Centro - Aracaju/SE
Participem!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

http://www.mst.org.br/node/12562http://www.mst.org.br/node/12562


Educadores lançam manifesto contra o fechamento de escolas no meio rural

14 de outubro de 2011
 
Da Página do MST
 
Um grupo de professores, intelectuais e entidades da área da educação assinaram manifesto lançado pelo MST, nesta sexta-feira (14/10), que denuncia o fechamento de 24 mil escolas na área rural e cobra a implementação de políticas que fortalecimento da educação no meio rural.
“Fechar uma escola do campo significa privar milhares de jovens de seu direito à escolarização, à formação como cidadãos e ao ensino que contemple e se dê em sua realidade e como parte de sua cultura. Num país de milhares de analfabetos, impedir por motivos econômicos ou administrativos o acesso dos jovens à escola é, sim, um crime!”, denuncia o documento.
Entre 2002 e 2009, mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas. Os dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, apontam que, no meio rural, existiam 107.432 escolas em 2002. Já em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036. 
O manifesto é assinado pela filósofa Marilena Chauí, professora de Filosofia da Universidade de São Paulo, os educadores Dermeval Saviani, doutor em Filosofia da Educação e professor da Universidade Estadual de Campinas, Gaudêncio Frigotto, professor titular aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Roberto Leher, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entre as entidades, subscrevem o documento a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a Ação Educativa.
Abaixo, leia o manifesto.
CAMPANHA FECHAR ESCOLAS É CRIME!
Mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas nos últimos oito anos
 
A Educação é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal (Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo III, seção I) - direito de todos e dever do Estado. Entretanto, nos últimos anos, milhares de crianças e adolescentes, filhos e filhas de camponeses, estão sendo privados deste direito.

Nos últimos oito anos, mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas. Os dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, apontam que, no meio rural, existiam 107.432 escolas em 2002. Já em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036.

Para essas famílias camponesas, o anúncio do fechamento de uma escola na sua comunidade ou nas redondezas significa relegar seus filhos ao transporte escolar precarizado, às longas viagens diárias de ida e volta, saindo de madrugada e chegando no meio da tarde; à perda da convivência familiar, ao abandono da cultura do trabalho do campo e a tantos outros problemas.

O resultado comum desse processo é o abandono da escola, por grande parte daqueles levados do campo para estudar na cidade. É por essa razão que os níveis de escolaridade persistem muito baixos no campo brasileiro, em que pese tenha-se investido esforços e recursos para a universalização da educação básica.

Portanto, fechar uma escola do campo significa privar milhares de jovens de seu direito à escolarização, à formação como cidadãos e ao ensino que contemple e se dê em sua realidade e como parte de sua cultura. Num país de milhares de analfabetos, impedir por motivos econômicos ou administrativos o acesso dos jovens à escola é, sim, um crime!

A situação seria ainda mais grave não fosse a luta dos movimentos sociais do campo, por políticas de ampliação, recuperação, investimentos, formação de educadores e construção de escolas no campo. Importantes para reduzir a marcha do descaso dos gestores públicos para com os sujeitos do campo, mas insuficiente para garantir a universalização do acesso à educação no campo.

Denunciamos essa trágica realidade e conclamamos aos gestores públicos municipais, estaduais e federais que suspendam essa política excludente, revertendo o fechamento de escolas e ampliando o acesso à educação do campo e no campo. Conclamamos também a sociedade brasileira para que se manifeste em defesa do direito humano à educação, em defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens do campo frequentarem a educação básica, no campo.

Defender as escolas do campo é uma obrigação, fechar escolas é um crime contra as futuras gerações e a própria sociedade!

Assinam

Marilena Chauí - Professora de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP)

Dermeval Saviani- Doutor em Filosofia da Educação – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),

Gaudêncio Frigotto, Professor Titular aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) mestre e doutor em Educação

Roberto Leher - Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Celi Zulke Taffarel - Doutora em Educação – Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Sergio Lessa, professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Alagoas Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Elza Margarida de Mendonça Peixoto - Doutora em Educação - Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Attíco Chassot- Atua na área de Educação, com ênfase em Alfabetização científica e História e Filosofia da Ciência - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Gelsa Knijnik- Doutora em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Luiz Carlos de Freitas- é professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) 

Cláudio Eduardo Félix dos Santos – Doutorando em Educação - Professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Mauro Titton - Professor do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Daniel Cara - Cientista Político - Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Entidades

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)- Presidente Roberto Franklin de Leão

Ação Educativa - Sergio Haddad, economista, doutor em educação, coordenador geral

ActionAid

Centro de Cultura Luiz Freire – (CCLF)

Latinoamericana da educação - Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación – (CLADE) - Coordenadora Camilla Crosso
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA- CE) -– Coordenadora Margarida Marques
E-Changer Brasil – Solidariedade, construção coletiva, intercambio entre os povos – Coordenação - Djalma Costa

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO


O COMITÊ ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO, através de sua Presidência, em conjuntos com todos os membros representativos, sensibilizados com o processo de (re) construção permanente do tempo-espaço/reflexão-ação das comunidades que vivem, convivem e sobrevivem no campo, idealizou o ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO, tendo como Tema “Políticas Públicas Educacionais: Avanços e Perspectivas da Educação do/no Campo”.
                O evento tem como princípio norteador a divulgação dos marcos legais, operacionais e referencias que interagem  nos sujeitos construtores  dos saberes da população no campo, permitindo a reflexão da práxis educacional utilizada pelo formadores  sociais, em especial, os educadores/educandos, que labutam nas raízes culturais assentadas no chão do campo sergipano.
                 Assim sendo, compreendendo, ainda, a importância das parcerias e redes de integração da proposta direcionadora, contaremos com a presença de representantes de membros de universidades, organizações e instituições governamentais/não-governamentais, para partilharmos desse momento de construção, bem como, firmarmos compromissos e ações coletivas, que resultem em um salto qualitativo no fortalecimento da Educação do Campo nas Unidades Institucionalizadas.
Por fim, desejamos a todos/as  sucesso nessa empreitada e que, juntos, possamos realizar esse processo, com o corpo e a alma dos povos do campo.
A PRESIDÊNCIA
PROGRAMAÇÂO
8h ACOLHIMENTO
8h30 ABERTURA E COMPOSIÇÃO DA MESA
8h45 LEITURA DELEITE
9h I MESA TEMATICA – ORDENAMENTO JURIDICO DA EDUCAÇÃO NO CAMPO
PRELETORES:
- HUDSON CESAR VEIGA FEITOSA(CEE)
- LIDIA MARIA DIAS ANDRADE (UNCME)
10h10 INTERVALO
10h30 II MESA TEMATICA – O PME E AS ESTRATEGIAS DE INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO NO CAMPO
PRELETORES:
- SONIA MEIRE AZEVEDO DE JESUS (UFS)
-  NEILTON DINIZ SILVA (SINTESE)
- ACACIA DANIEL (SEED)
12h INTERVALO
13h30 RETORNO AS ATIVIDADES COM A APRESENTAÇÃO DE VIDEO INFORMATIVO.
13h45 III MESA TEMATICA – A EDUCAÇÃO NO CAMPO E A REPRESENTATIVIDADE DOS ATORES SOCIAIS
PRELETORES:
- LUCIO MARCOS DE OLIVEIRA SANTOS (FETASE)
- MARIA DO CARMO FREITAS (EFAL)
- JOSE ADERICO CRUZ DO NASCIMENTO (MST)
15h APRESENTAÇÕES DE EXPERIENCIAS EXITOSAS NA IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO EM SERGIPE
16h ENCERRAMENTO.



“Movo-me como educador, porque,
primeiro, me movo como gente.”
Paulo Freire

terça-feira, 14 de junho de 2011

SEED realiza Encontro do Programa Escola Ativa

O Comitê Estadual de Educação do Campo participou a convite da Coordenação de Educação do Campo da Secretaria de Estado da Educação, do 5º Encontro de Formação do Programa Escola Ativa que está sendo realizado de 13 a 17 de junho de 2011 no auditorio do Hotel Real Classic,  com a seguinte programação:

Data: 13/06/2011 - Segunda-feira
 Abertura:
8h30: Apresentação Cultural – Guerreirinhos de Japaratuba
9h: Dinâmica – Situação das Escolas do Campo Professores Formadores
·   Sandra Oliveira Santos - Formadora
10h30: Gestão Educacional no Campo - Professores Formadores
·         Sandra Oliveira Santos - Formadora
12h: Almoço
13h30: Mesa redonda: Plano de Ações Articuladas - PAR e Educação do Campo
·         Fernanda do Nascimento Santana: Secretária de Educação de Itabaianinha
·         Jucileide Dias dos Santos Aragão: Secretaria Estadual de Educação
·         Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
15h: Atividade Prática: Ações previstas para a Educação do Campo no PAR        
·         Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
17h30: Encerramento
 Data: 14/06/2011 - Terça-feira
 8h30: Mesa redonda: Educação do Campo no Documento Final da CONAE, PNE e PEE
·                     PNE e PEE - Hudson César Veiga Feitosa (CEE)
·                     PME – Lídia Mª Dias Andrade (EDUCAMPO)
·                     Sandra Oliveira Santos - Formadora
11h: Debate
12h:30: Almoço
13h30: Mesa redonda: Gestão Financeira das Escolas do Campo
·         Humberto Gonzaga: Presidente do CME Neópolis/Codenador da UNCME)
·         Magaly Góis (Pronese)
·         Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
15h: Debate
16h: Relato de experiência – Gestão Financeira das Escolas do Campo – Recursos e Programas  
·         José Welto dos  Santos: Secretario de Educação de Santa Luzia do Itanhy;
·         Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
17h: Debate
17h30: Encerramento
  
Data: 15/06/2011 - Quarta-Feira

8h30: Apresentação Cultural
09h: Relato de Experiência – Legalização do Programa Escola Ativa no CME
·         Valdenides Á. de  Oliveira – Secretaria Municipal de Educação de Tobias Barreto;
·         Ozenilde de Souza Silva – Secretaria Municipal de Educação Lagarto;
·         Josefa Márcia Araújo Siqueira - Secretaria Municipal de Educação Simão Dias;
·         Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
11h: Debate
12h30: Almoço
13h30: Inspeção Escolar – Procedimentos para Construção dos Marcos Legais para Escola do Campo
·         Josete Costa Vasconcelos e Jamalex Tavares de Almeida
·         Sandra Oliveira Santos - Formadora
14h30: Debate
15h: Relato de Experiência
·         Camila - Delegacia do MDA (Arca das letras)
·         Valdenice Alves – Livros Didáticos - RESAB
·           Sandra Oliveira Santos - Formadora
17h: Debate
17h30: Encerramento
Data: 16/06/2011 -  Quinta-feira

8h30: Relato de Experiência
·   Maria Aparecida Amado de Oliveira - ASA (Desenho animado)
·  Joilda Menezes de Aquino Eloi- Centro Dom J. Brandão de Castro (Baú de Leitura)
·   Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
10h: Construção do Marcos Legais da Educação do Campo em Boquim
·      Lídia Maria Dias Andrade - Comitê Estadual de Educação do Campo
·      Mediador: José Adérico Nascimento - Formador
11h30: Debate
12h: Almoço
13h30: Apresentação dos trabalhos de multiplicação dos módulos anteriores nos municípios
·      Professores Multiplicadores
·      Sandra Oliveira Santos - Formadora
17h30: Encerramento
  
Data: 17/06/2011 -  Sexta-feira

8h30: Conclusão da Árvore
·           Sandra Oliveira Santos - Formadora
10h: Elaboração de Programação para Formações
·         Professores Multiplicadores
12h30: Almoço
13h30: Avaliação do V Encontro de Formação.
16h: Encaminhamentos Gerais.
17h30: Encerramento